terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Justificação e Pertinência

A revolução digital chegou finalmente à indústria do audiovisual. Tal como ocorrera com
a música e a escrita o impacto da introdução da tecnologia digital está a alterar
profundamente o modo de produzir e distribuir novos conteúdos audiovisuais. Tal como
um escritor pode pegar numa caneta e num papel e começa a criar, também estão hoje
acessíveis a grande parte da população os meios técnicos de criação audiovisual.


As câmaras digitais, quer de telemóveis quer de outros dispositivos, bem como a
tecnologia de edição em conjugação com diversas ferramentas colaborativas baseadas na
Internet, permitem o desenvolvimento de técnicas de criação muito mais “leves”,
flexíveis e de grande mobilidade.

Há dois factores que se potenciam mutuamente: por um lado, o processo criativo está a
desenvolver-se rapidamente graças às novas ferramentas e por outro lado, também a
questão da distribuição vai em expansão, baseada na tecnologia digital apoiada nas redes
de Internet que abre de facto novas possibilidades. A possibilidade quase infinita de troca
de ficheiros através das redes digitais cria novos canais de distribuição. A fragmentação
das audiências está a conduzir-nos a um novo paradigma em relação à oferta de
conteúdos. Passámos de uma época em que produtos audiovisuais homogéneos eram
“empurrados” para as audiências pelas grandes cadeias de distribuição para uma era em
que são as audiências que “puxam” determinados conteúdos mais específicos, criando
assim um grande incentivo ao desenvolvimento de uma oferta muito diversificada.

Esta disciplina será assim um local privilegiado de criação e confronto com as novas
técnicas, meios e suportes profissionais de produção na área do áudio e vídeo.
Documentários interactivos, videoblogs, podcasts e muitas outras novas formas de
comunicar seriam aqui desenvolvidas e resultariam num projecto audiovisual.

Seria também uma forma de democratizar a produção de conteúdos assim como fomentar
o espírito de iniciativa dos alunos, libertando-os de constrangimentos técnicos e
financeiros. Não se trata de substituir outras formas de produção, mas de desenvolver
técnicas complementares que produzam conteúdos verdadeiramente novos.

Ancorando-nos na certeza de que uma boa ideia, um conceito inovador, seja ele um
documentário, uma ficção ou uma simples reflexão sobre o que nos rodeia, é o elemento
mais importante, serão dadas aos alunos as ferramentas básicas assim como as técnicas
que melhor partido tiram delas.

Será pois um espaço de experimentação e risco, onde os alunos serão incentivados a
serem criativos e a desenvolverem estratégias de colaboração local ou remota (através de
diversos canais da Internet) que resulte num projecto que se quer inovador.

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